Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro

Como um cartaz de sinalização, Porta Estandarte é um suporte, que me remete as procissões de cunho religioso, mas principalmente regionalista, genuíno e tão característico em eventos do interior de São Paulo; onde por toda a minha infância passei férias familiares, no aconchego dos meus avós, me absorvendo com o cheiro de terra batida, com os sabores do milho transformados em curais, sucos, pamonhas e todos reunidos entorno de um forno de fogão a lenha.

A instalação “PortaPlay EstandArte” é sobretudo uma homenagem a minha falecida avó, que me deixou a herança de suas visões de vida! E agora apresento minha visão. São olhares pontuais, no meu dia a dia, de vida e memórias, por meio de fotografias contextualizadas com um dos toys de minha infância, o playmobil; com imagens editadas principalmente neste contexto e cenário interiorano para essa produção e obra. O suporte plástico para esta apresentação colhe referenciais à lá “Arthur Bispo do Rosário” ao movimento “Manguebeat”, genuínos e brasileiros, para citar alguns.

Todas as imagens, e o início destes registros fotográficos, começaram com publicações via rede social do “Instagram”, no qual contextualizo a rotina por meio do lúdico e com certo escapismo da vida, tendo o toy Playmobil, e suas mil facetas, minha e do toy, remetendo legendas de canções, poesias, etc.

A nomenclatura da obra “PortaPlay EstandArte” que intitula toda a instalação desta exposição é um trocadilho e junções entre palavras, ou seja, Porta Estandarte + Playmobil + Arte! Assim como alguns dos títulos das imagens.